Muita gente (tipo eu) está chegando perto da época em que se decide o que fazer da vida. É estranho pensar que você 'decide sua vida toda aos 17', e com certeza não decide. Mas o melhor é começar com acertos, não é? Mas antes errar com sua opinião do que acertar com a dos outros. Ninguém deve te dizer que faculdade seguir e qual emprego procurar.
E de vez em quando vou chamar uma galera que faz/fez tal faculdade para contar um pouco para vocês! A primeira pedida é a de psicologia - uma das que me pôs em dúvida. Chamei Emanoela R, Flávia Assan e Celyne Araújo para falar um pouco sobre o curso, o perfil do aluno e as áreas em que podemos atuar! Vamos conferir?
Por qual motivo escolheu esse curso?
Emanoella Ruffo: Quando eu escolhi o curso, tomei a decisão muito baseada na visão que eu tinha do psicólogo clínico. Achava muito interessante e bonito poder compreender as questões das pessoas e ainda ajudá-las a lidar com o sofrimento. Depois de entrar na faculdade, descobri que essa visão que eu tinha da psicologia (a psicologia clínica) era só uma pontinha do iceberg!
Flávia Assan: Foi mais a psicologia que me escolheu na verdade, eu defini o que queria no meio do ano do cursinho quando fiz psicoterapia e vi que com essa profissão eu poderia ajudar as outras pessoas de uma forma não muito comum, e quando comecei o curso quase desisti por não me encaixar em algumas matérias, mas persisti e não me arrependo.
Celyne Araújo: Eu escolhi o curso, porque sempre tive interesse desde o ensino médio. Lembro que comentava com minhas amigas que queria ser psicologa. E hoje sou.
Celyne Araújo: Eu escolhi o curso, porque sempre tive interesse desde o ensino médio. Lembro que comentava com minhas amigas que queria ser psicologa. E hoje sou.
E se arrependeu? Ou já teve receio?
E.R.: Já, várias vezes! Hahaha. Acho que o curso faz a gente se questionar bastante, repensando aquilo que às vezes passamos a vida toda achando que era certo ou errado. Também, ao começar a entender o porquê as pessoas tomam algumas atitudes, a gente começa a perceber o que é que tem por trás dos nossos comportamentos, e essa "auto-análise" nem sempre é agradável! Aí às vezes pensamos "por que eu escolhi esse curso mesmo??" Acho que a maioria dos alunos deve passar por isso em algum ponto!
F.A.: Em algum momento a gente sempre pensa no futuro e se isso é realmente o que nós queremos. É impossível não pensar na remuneração que o psicólogo brasileiro recebe, e por um momento tive receio, mas sei que tudo que se as com dedicação e amor vale a pena.
C.A.: Teve alguns momentos ruins no decorrer do curso, porém nunca me senti arrependida por está cursando psicologia. Diria que foram desafios e isso de certo modo me motivou a nunca desistir do meu objetivo.
C.A.: Teve alguns momentos ruins no decorrer do curso, porém nunca me senti arrependida por está cursando psicologia. Diria que foram desafios e isso de certo modo me motivou a nunca desistir do meu objetivo.
O que pretende fazer ao se formar ou o que escolheu fazer, se já se formou?
E.R.: Eu pretendo trabalhar na área do trabalho, em empresas. É uma das áreas que achei mais legal, junto com a parte clínica e a jurídica.
F.A.: Eu quero atender na clínica de crianças até idosos com uma abordagem humanista e também trabalhar com recursos humanos.
C.A.: Já sou formada. Colei grau em dezembro de 2012. Pretendo me especializar na minha área de maior interesse: Neuropsicologia. E, assim trabalhar com isso.
Faz ou já fez algum estágio? Como é/foi?
E.R.: Durante a graduação, eu fiz estágios em várias áreas diferentes e tive muitas experiências práticas: Pude trabalhar com dependentes químicos, um assunto que não foi muito abordado durante as matérias que tive; tive a prática dos testes psicológicos e da avaliação psicoeducacional, além de fazer estágio na área do trabalho, na área escolar e na área da saúde, incluindo a experiência da psicoterapia individual. Acho que o estágio é fundamental pra validar o conhecimento das teorias que a gente tem nas aulas, além de ser uma oportunidade pra se entrar em contato com áreas nas quais o curso não tem foco. A experiência de ter realizado atendimentos individuais, naquele modelo da clínica em que normalmente a gente pensa quando pensa no psicólogo foi muito importante, e foi onde eu mais notei o quanto a experiência é tão significativa quanto o conhecimento teórico. Acho que estágios nos dão a chance de desenvolver outras ferramentas necessárias pro trabalho do psicólogo como a empatia, a sensibilidade pra agir de uma forma ou de outra de acordo com o que acontece, a escuta atenta, o senso crítico...
F.A.: Desde o primeiro ano eu tenho estágio básico como disciplina e por enquanto só fiz estágios com crianças em creches e escolinhas. No começo de março vou fazer o estágio de psicologia jurídica com adolescente infratores da lei. Toda a chance que tiver de fazer estágio, remunerado ou não, serve de grande aprendizagem porque temos tantas opções que só conhecendo todas vamos saber o que fazer no futuro.
C.A.: Só realizei o estágio obrigatório durante a formação.
O que mais podemos fazer ao se formar?
E.R.: Além do trabalho na clínica particular, (aquela em que a gente sempre pensa quando pensa em psicologia: "fale-me de você"), é possível trabalhar também na saúde pública, (onde esse trabalho clínico normalmente é um pouquinho diferente, e também podem haver trabalhos de grupos terapêuticos), na área do trabalho (fazendo seleção e treinamento de funcionários, e avaliando o pessoal de forma sempre melhorar o funcionamento da empresa), na área escolar (que inclui a avaliação de alunos que apresentem dificuldades educacionais e o trabalho com esses alunos), na área jurídica (que trabalha, por exemplo, acompanhando pedidos de adoção, ou lidando com crianças em situação de risco), na área hospitalar, acompanhando casos de pacientes... O psicólogo é o único profissional habilitado pra aplicar testes psicométricos (que servem pra mensurar determinadas habilidades) e de personalidade, que podem ser solicitados pra emissão de laudos (como o teste psicotécnico do DETRAN ou outros laudos, por exemplo, solicitados por um juiz). Além disso, dá pra seguir a carreira acadêmica e seguir dando aulas e pesquisando alguma temática! Como eu disse, a psicologia clínica na qual muita gente pensa é só a ponta do iceberg de muitas possibilidades!
F.A.: Quando nós formamos e conseguimos o número do crp podemos trabalhar com atendimento nas clínicas, hospitalar, recursos humanos, educacional (auxilia nas escolas e nós distúrbios de aprendizagem), jurídica (em casos de adoção, menor infrator da lei, divórcios), e tem ainda a formação psicanalítica, que dura em torno de 10 anos, e sempre podemos seguir na carreira acadêmica, como professores.
C.A.: Eu recomendo muito buscar o que se identifica, ou seja, se especializar. Fazer cursos referente ao seu interesse.
Como é o curso? (matérias, tcc, etc)
E.R.: Acho que o curso pode variar bastante de acordo com a faculdade. Alguns são mais voltados pra uma determinada linha teórica, ou pra algum campo de trabalho... Mas acredito que no geral, todos englobam matérias sobre a clínica/saúde, a área do trabalho e a área escolar. Eu tinha MUITAS disciplinas e todas elas tinham muitos textos pra ler... (gostar de ler é um requisito interessante, mas não adianta só gostar de devorar romances, porque os textos costumam ser densos e difíceis). Nos primeiros anos, tem muita matéria teórica, e que aparentemente não se relaciona com a psicologia em si (eu tive algumas matérias de neurologia e genética, que no meu curso não serviram pra muita coisa, pois não tínhamos nada de neuropsicologia - mas em alguns cursos o enfoque pode ser esse!), e nos anos seguintes vem os estágios obrigatórios e as matérias mais legais, que relacionam a teoria com o trabalho prático. Além disso, muitas matérias e conteúdos, além de pedirem pra ser estudados, exigiam muita reflexão da nossa parte. Disciplinas como ética profissional foram muito importantes e levavam a debates de até onde o psicólogo poderia expôr suas opiniões enquanto profissional, ou de que forma deveria usar o "poder" de aplicar os testes e realizar as avaliações psicológicas, e outras, como psicopatologia, acabaram fazendo a gente perceber pelo menos um pouquinho das nossas próprias "neuroses". Acho que é importante, no curso, sempre se esforçar e pensar um pouco além daquilo que as coisas parecem ser!
Eu não tive TCC propriamente dito, mas tive de realizar uma pesquisa ao longo do curso, seguindo o mesmo esquema: escolher uma temática pra investigar, ler sobre o assunto e fazer um estudo sobre. É trabalhoso, mas também muito legal!
Eu não tive TCC propriamente dito, mas tive de realizar uma pesquisa ao longo do curso, seguindo o mesmo esquema: escolher uma temática pra investigar, ler sobre o assunto e fazer um estudo sobre. É trabalhoso, mas também muito legal!
F.A.: O curso nos prepara muito bem, pelo menos na minha universidade eu tive aulas de anatomia e estatística e também tenho aulas de psicofarmacologia e patologias, exige muita leitura e que o estudante esteja aberto a aprender e conhecer todas as técnicas e abordagens para assim escolher como seguir a carreira.
C.A.: O curso em si, é bem interessante. Possui diversas disciplinas, tais como: cultura e sociedade, psicofarmacologia, genética, técnicas psicoterápicas, metodologia cientifica, dentre outras.
Qual é a melhor parte?
E.R.: Na minha opinião, a melhor parte, além da satisfação ao ter um bom trabalho realizado, é a de poder compreender um pouco mais sobre o ser humano em geral (e de quebra, sobre a pessoa que somos)! Acho que poder pensar sobre nós mesmos e entender o que está por trás dos nossos pensamentos e ações é uma coisa que pouca gente faz e muito importante pra podermos crescer ainda mais.
F.A.: A melhor parte para mim é estudar uma coisa que eu gosto, os amigos que eu fiz e conhecer um pouquinho da mente humana e poder trabalhar com isso, aquela sensação de conversar com alguém, ouvir seus problemas e saber que podemos melhorar suas vida um pouco.
C.A.: A melhor parte sem dúvida, é a apresentação do TCC, e consegui a aprovação. Não existe sensação melhor. E, depois a colação de grau que sem dúvida, é o rito muito importante na vida acadêmica de qualquer estudante.
Espero que tenha esclarecido! Quem quiser ler mais sobre a profissão, cliquem aqui. Gostaram desse estilo de post com dicas para escolha de curso na faculdade? Sugerem algum pro próximo post? Alguém aqui faz/fez o curso e tem alguma história pra compartilhar? Conta pra gente!
Adorei!!! Já pensei em fazer psicologia mas não é muito a minha área. Já terminei o ensino médio e até agora não me decidi D:
ResponderExcluirwww.voamari.com
A entrevista é bem legal, gostei de ter visto a visão de quem fez/está fazendo. Eu até pensei em fazer, mas foi bem mais para lidar com a mente humana, só que nunca tinha pensado no sofrimento humano, é algo que eu não suportaria ver. Por isso, mudei de ideia, e vou fazer jornalismo. Essa postagem é perfeita pra quem quer saber mais sobre a profissão.
ResponderExcluir∆ Guns of Youth
Parece ser uma profissão muito legal, realmente é complicado decidir a vida aos 17.
ResponderExcluirhttp://heynaocomplica.blogspot.com.br/
Eu sou uma pessoa que não curto muito, mas minha tia fez e Ama
ResponderExcluirsimplesmenteassimj.blogspot.com
Oi Amanda! Muito legal esse post! Quem sabe faço um parecido? rs
ResponderExcluirDeve ser uma loucura isso de se auto-analisar, compreender com tudo funciona! Acho q ficaria mais loouca! rs
Beijão!
minhassingularidades.blogspot.com.br
Amei o post! Super informativo. Já me interessei mt por psicologia (ainda acho muito interessante), é bem complicado msm escolher q profissão seguir com apenas 17 anos. A gente gosta de tantas coisas e acaba ficando na dúvida. Amei saber mais sobre a profissão ^^
ResponderExcluirDecidi minha vida aos 16 e fui muito feliz na minha escolha. Já cheguei a pensar em fazer psicologia mais não rolou. Passei em direito, mas era pra uma cidade muito distante da minha e acabei não indo e tô aqui na minha cidade cursando pedagogia que é, com certeza, a minha vocação. Faça testes vocacionais ou converse bastante com pessoas já graduadas na área, foi isso que fiz e deu certo.
ResponderExcluirBeijos !
http://blogdocemente.blogspot.com.br/
Nossa,que legal, amei os Coment, legal a participação das leitoras, em fim...
ResponderExcluirEu tbm já pensie em fazer Pisico, mas desistir, hoje curso Pedagogia,e estou gostando, pretendo me especializar em PisicoPedagogia, gostei do post, bem interessante.
http://dezapaixao.blogspot.com.br/
Fico sempre pensando em fazer faculdade daqui uns anos de psicologia, mas tenho incerteza se é realmente isso que vou querer.
ResponderExcluir♥Blog: Meu Eterno Inverno ♥
♥Página do blog, participe ♥
Eu curso psicologia e sinceramente é fascinante , mas não significa que seja fácil
ResponderExcluirAchei muito bacana o post , super completo !
Blog Doces e Amores
Adorei o post muito legal mesmo. O próximo vc podia falar sobre fotografia esse ramo que é ''difícil''. Tem como vc ensinar também a fazer montagens pelo PhotoScape pq não tenho PhotoShop.
ResponderExcluirVou fazer :D (os dois!)
ExcluirAchei muito interessante, apesar de eu ter apenas treze anos. Mas nunca é cedo para pensar no futuro, assim como nunca é tarde. Eu gostei muito de ler a entrevista e sugiro que o próximo post com esse assunto seja sobre cinema. Tenho certeza que muita gente ia achar bacana.
ResponderExcluirBeijinhos!
Anotado! :)
ExcluirAdorei o post, vc podia fazer um sobre moda
ResponderExcluirFaço sim! :D
ExcluirMe interessei por psicologia por conta de você Mush <3 Lendo assim parece ser bem interessante. Ajudar as pessoas <3333 Gostei. É uma das minha opções mais distantes, mas ainda está lá na lista. Sugestões de profissões (ou, quero saber daquilo que tenho vontade de seguir haha): Jornalismo, Cinema, Artes Cênicas, Publicidade e Propaganda, Rádio e Tv. Beijão <3
ResponderExcluirwww.garotasdemustache.blogspot.com.br
:~ Anotado! Só não sei se vou achar gente que fez artes cênicas rehiorheoiho acho que vou fazer um post desse por semana. Ou quinzena?
ExcluirEu acho bem legal essa coisa de entender como funciona a mente humana, mas um pouco assustador, as vezes. Mas não tenho certeza se eu gostaria disso... Acho que a minha vocação é ter nascido rica. Mas de qualquer forma, gostaria de ser escritora.
ResponderExcluirguardeihipoteses.blogspot.com.br
Por isso que eu gosto! hehe também quero ser, mas não quero fazer letras nem jornalismo, queria desenvolver isso sozinha. Daí achava que psicologia dava uma boa base pra alguns assuntos para escrever.
ExcluirEstou nonprimeiro periodo de psicologia e to amandl :)?realmente agors estamos tendo algumas materias q nao tem mto a ver.. como morfl e tals.. mas sei q mais p meio do curso vao aparecer mais materias relacionadas a mente humana.. amei a entrevista.. mto.legal
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