26 de set. de 2013

Geração Y, ambição e inovação


Já tinha visto esse vídeo um tempo atrás e achei tão sensacional que queria ter feito esse post antes. É um vídeo longo mas tão bom que vale a pena 'gastar' 10min do seu dia para assistir.



O vídeo fala tudo e um pouco mais do que está na minha cabeça (mesmo sendo um bocado generalizador, mas não tem como ficar citando exceções) e é um dos meus temas favoritos por ser um dos que mais me assusta. Ansiedade crônica, cabeça capitalista de sempre querer estar fazendo alguma coisa, estresse. Essa é a nossa forma de 'envelhecimento precoce', de tanto que tentamos ser jovens para sempre (e de ter medo do que vem depois).
É tanta coisa que você pode conseguir, é tanta informação, tanta dica, tanta oportunidade, tanto clique que pode mudar a sua vida que te sobrecarrega. Te intimida. E ou você faz tudo ao mesmo tempo, ou acaba parado no mesmo lugar, sem saber por onde começar e se é aquilo mesmo que você quer. O problema da ambição é que te tira da humildade e te dá chances de ter depressão e se sentir humilhado, pouco, incapaz. Inútil. Porque somos todos criados em frente a subcelebridades, celebridades e pessoas comuns que conseguem feitos incríveis, e ficamos obcecados por elas. Pela vida delas. E não dá para ficar contendo a vontade de ter aquilo, ser aquilo, viver aquilo. Queremos, sim, e rápido. E esse desespero que a gente arruma não leva em nada se você não souber se organizar. De dentro para fora.
Nosso problema também é de olhar demais para o futuro. Vislumbrar demais. E enquanto você olha pros dez anos da frente, os dez de agora existem apenas pela expectativa. E o contato excessivo com a vida maravilhosa alheia (ou a parte maravilhosa que eles deixam exposta para ninguém enxergar o quanto são infelizes) acaba tornando a pessoa infeliz. Porque não tem vida perfeita. E a expectativa de uma vida perfeita te torna infeliz. Somos da Geração Infeliz.
Infeliz pela preguiça. Nossos pais foram, em geral, grandes trabalhadores do estilo 'fora de casa de 5 da manhã até meia noite' para conseguir um certo sucesso maior que o previsto, até. Seu sucesso somado com seu incentivo de 'seja o que quiser ser' e a mania de quererem e resolverem todos os nossos problemas somado com tudo o que somos bombardeados pela internet, com a-grama-do-vizinho-é-sempre-mais-verde e a vontade de ter tudo o que todo mundo tem nos tornam infelizes. Plágio não me parece muito antigo. Quer dizer, não que não existisse, mas parece ter tomado uma força enorme depois dos anos 1990.
E no futuro, a GY vai acabar levando na cara, reverter seus posts em coisas mais ensebadas que a realidade triste que acabaram arranjando (como ter quase 40 anos e ainda trabalhar no Mc Donald's) e passar seu pessimismo para os filhos, jogando uma realidade um pouco pior na cara deles, que teriam uma atitude parecida com a da Geração X, só que com um smartphone. Provavelmente a geração mais racional, essa que deve surgir daqui a uns 30 anos.
E a utopia e o inconformismo acaba não sendo tão bom assim. Ignoramos o fato do filtro, do Photoshop. Da mentira, do que foi oculto. Criamos a ilusão de países perfeitos que serão nosso lar, quando nem nós mesmos damos conta do recado. E somos péssimos para a rejeição, o feedback negativo (o que não tem nada a ver com ciclos de hormônios endócrinos).
Dizem que a internet é a nossa fuga da realidade. Os blogs são nossa fuga da realidade, e eles devem refletir apenas a parte boa e inspiradora da vida, e não problemas. Não a realidade. A realidade é demais. Mas será que empurrar a realidade pra debaixo do tapete e decorar a sala com enfeites digitais faz com que possamos seguir em frente? Rumo aos nossos 'sonhos e expectativas de vida'?

"Generation Y. That’s us. We see the world as our playground, rather than a workplace. The spoiled generation, with parents who solved all our problems so we could slide trough life with ease. Carefree and demanding, the slacker generation. Young because we can be, adults because we must. Everything is doable, but nothing is done. What else is there? The LOL generation. All we want is to play in love. Social media generation. We live for likes and comments, where friendships and relationships begin and end with the click of a mouse. We text, post, like and attend, exposing ourselves with photo filters and hashtags. The eco generation, everything must be free range and local. The ambitious me generation. Confident, intelligent, impressive and unique. We would achieve anything, be anything. Strive to become the person one wants to be, but no one is. Let’s live up to our potential and disprove the rest. Although the country was built when we arrived, someone gotta keep building it."

Outros vídeos que adorei:


É uma historinha também longa, mais bem legal.



Esse é bem curtinho, mas resume bem.

E quem quiser ler, tem um texto sensacional sobre aqui; (em inglês)

4 comentários:

  1. COMO ESSE POST NÃO TINHA TIDO NENHUM COMENTÁRIO? QUE? sério. um dos assuntos mais discutíveis e com o qual possamos nos identificar no co. se não o mais. eu estava pensando sobre isso ultimamente. Somos o refletor e o refletido no meio desse borbulhão da comunicação. Ultimamente estamos vivendo pra isso. As técnicas de psicologia não são mais pra curar doenças que consideremos "normais", e sim doenças remanescentes desse uso continuo das redes que acaba em vicio. Acho isso fenomenal, sério. Queremos impressionar, ostentar (xupem a semelhança com os funkeiros que tanto criticam). Mas no fim das contas só nós sabemos o vazio que fica aqui, independente do numero de likes ou coments. Bruna Vieira que o diga. Achei digníssimo da parte dela aquele texto em que ela expôs "faço progressiva, uso aparelho, sou estrábica e mais tantas coisas". Serviu pra desencantar um pouco a galera, e a visão de vida perfeitinha que muita blogueraaa tem em relação a ela. Não mostramos a parte ruim na net e acho que ta mais na hora de essa ficha cair pra bastante gente.
    Eu sou do Team "fica na mesa do restaurante com a porra do celular na mão, tuitando, mal educada, pedindo senha do wi-fi pro gerente". E é mal da geração. Mas eu acho que quando estivermos mais velhos isso vai nos ajudar, essa conexão toda. Já ajuda. Em trabalhos escolares, na relações com as outras pessoas. Todo esse aceso a informação é indescritível. Ainda não testamos o poder que isso tem, e eu fico imaginando quanta coisa foda vamos poder fazer com isso. A rapidez com que tudo acontece ♡ Acho que nem precisa citar toda aquela coisa do "não se esquecer da vida real ou filtrar as coisas boas e ruins". Isso é clássico, então.
    Mas eu acredito no "poder" dessa geração. Sabe, a música (it's clarice), a dança, a arte num geral. Tudo nela acaba nascendo/tendo uma forcinha da internet. Isso é tão ♡ Mágico. Assunto que da pano pra manga. Amo.
    Alias, amei o post ♡ Bjão ♡

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    1. As pessoas tem meio que preguiça de comentar em assuntos complexos UIEHAEHUHUIAHEIH eu amo esse tema e sou obcecada por internet, ao mesmo tempo que morro de medo. Acho que essa conexão vai ajudar muito em algumas coisas (já somos dependentes dela, é como nossos pulmões) mas acaba que piora muito em muita coisa. Tem tanta doença que explodiu por causa da internet. Tanto dilema bobo, tipo autoestima. "SOS não consegui minha quantidade média de likes na foto x!"

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    2. percebo UEUEHUEHUEHUEH também ♡ concordo. tudo tem tem seu prós e contras, claro né. esses dias aconteceu muita merda junta na minha vida, e uma delas foi eu estar sem internet. como eu ia reclamar dessa situação? pra quem? onde? meu bloco de notas não da rt, nem favorita e muito menos curte :c

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  2. OMG, realmente: como esse post não tem mais comentários??? Esse é um assunto que vive entalado na minha garganta, mas que não consigo transcrever em palavras. Tu simplesmente disse tudo o que eu penso, mas o meu problema maior é que eu fico parada no meio de tudo isso. Não sei como agir, o que fazer, por onde começar. É tanta informação, tanta coisa, tanta oportunidade, tantas coisas em excesso... Ainda tô perdida. E tenho medo de nunca me achar.
    Meu comentário não adicionou muita coisa, mas a gente tem que reverter essa situação da blogosfera. Quer dizer que virou (só) espaço de beleza e superficialidades? Ninguém é de ferro, mas caramba, vamos usar nosso potencial e perceber o mundo à nossa volta. Queria que esse tipo de post fosse como um debate, sabe? Que realmente houvesse troca de ideias nos comentários. É triste. :(

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