2 de jan. de 2013

Amanda's Sweet Journal: Adieu, 2012!

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Pra quê papel
Sou uma pessoa extremamente irrelevante. É irrelevante se despedir de um ano depois de dois dias que ele já se foi. Todo mundo fez isso ontem e anteontem, mas não tem importância. É só um dia. Além de irrelevante, sou uma pessoa muito enrolada. Enrolo para tudo! Essa foi minha característica mais marcante em 2012. 2011 também. E 2010. Antes disso, eu nem lembro o que era. Só uma chorona, acho.
No final de 2011, tomei uma decisão muito importante, e com a adrenalina dessa escolha, resolvi que tudo ia ser diferente. Que nada que os outros dissessem sobre mim ia sair barato. Que eu não ia ser mais aquela bobinha da sala, nem a que dá mais valor aos outros do que a mim mesma, nem a medrosa insegura de sempre. Eu decidi que ia mudar, e decidi que 2012 seria o ano. E sei ser determinada quando eu quero. É meio pelo orgulho mesmo. Sou meio orgulhosa e gosto que as pessoas percebam o que faço bem. Então eu decidi e o fiz.
Aprendi mil lições diferentes naquele ano. Falo 'aquele' como se fosse algo do passado bem distante, isso é tão estranho! Aprendi a deixar algumas pessoas de lado, aprendi que o meu lado não é direita nem esquerda. Ainda temos que inventar algum lado para eu me encaixar. Uma realidade paralela. Descobri que nasci em uma outra realidade do universo, e nessa realidade eu me encaixava. Como uma alien ambulante que vive procurando uma trilha que leve a alguma pousada para conhecer mais esse povo. Uma E.T. de cabelos cacheados e encontra mistério até em uma estampa de cortina! Olhos aguçados para coisas fora do normal. O que, você cortou dois palmos do cabelo? Desculpa, não percebi!
Aprendi que sou boa para mentir para mim mesma e sou péssima para abandonar pessoas, assim como sou péssima para me lembrar delas. Sou tão boa mentirosa que passei meses com uma realidade absurda (que meu inconsciente criou pelo meu anseio de que esta fosse verdade). Uma das coisas que aprendi tarde demais. O que é cedo ou tarde se envolve com o tempo, o tempo difere por pessoa, por lugar, por planeta. Então não me importa o 'tarde demais'. Mantenho vários relógios parados e estragados por isso. 
Aprendi que sou uma pessoa com altos bem altos e baixos bem baixos. Não sou 'isso ou aquilo', sou 'isso, aquilo outro, as vezes aquilo também e na época das tulipas brotarem, sou aquilo também'. Aprendi a conviver com as minhas fases indeterminadas.
Aprendi que eu sou um grão de poeira. Sou insignificante. Sou um nada. Esse mundo é insignificante, o sol é insignificante, essa galáxia é insignificante. Mas aprendi que gosto de coisas insignificantes e que mesmo sendo um nada, podem ser um nada bem bonito.
Aprendi a conviver com o diferente. Não que eu não soubesse, claro que sabia! Mas essa era uma parte não-livre de influências, e em temporada de más influências a ingenuidade pega carona, só para agradar e se enturmar. Aprendi a não ser tão ingênua e aprendi que se enturmar é uma habilidade para muitos, e não estou nos muitos. Não nos muitos daqui.
Aprendi a diferença entre me apaixonar aos 13, aos 14 e aos 15, porque aos 15 eu não dou ouvidos a ninguém. Pelo menos nessa etapa de 'quase 16'. Aprendi a nunca dar certeza a ninguém sobre o que eu sou em relação à personalidade, já que é a única forma de poder mudar em paz. Aprendi a ser educada com pessoas ruins enquanto xingo palavrões em seis línguas diferentes por dentro e aprendi a xingar por fora também. A educação só é necessária em lugares que precisam desse nível de cordialidade ou com pessoas que a exigem, mas qualquer um pode ver pelos meus olhos o que eu realmente penso, mesmo que eu não possa dizê-lo. Aprendi que não tenho melhores amigos.
Aprendi que música faz bem para os ouvidos de quem a ouve e ninguém precisa sentir o bem na música do outro. Aprendi a ser reservada e individual na maior parte das ocasiões e aprendi que ninguém precisa de dez anos de reflexão para escolher sua religião. Aprendi que até mesmo pessoas doces podem fazer todos se virarem contra você e que se você desejar uma coisa toda noite, ela vai acabar se realizando. Ou não, se você for como eu e desejar ter asas para voar.
Aprendi que mesmo passando o ano com cerca de 6 cabelos diferentes, nada vai mudar enquanto ele não for azul.
E posso continuar escrevendo eternamente falando sobre o que aprendi, ou simplesmente dizer, mesmo que tarde demais: obrigada a todos que se envolveram comigo, me xingando, me amando, me ajudando ou puxando o pé da minha cadeira. De uma forma ou outra, querendo ou não, aprendi alguma coisa com cada um- até diferenciar idiotas! E consegui me descobrir em partes. Influenciável, cabeça dura, apegada, uma fração de ciumenta e teimosa, muito teimosa. Gosto do que gosto e ponto. Minha opinião é essa e ponto. Não vou te dar meus olhos e ponto. Minha lente é transparente e ponto. E se alguém me perguntar de novo, leia no meu F.A.Q. 
Não foi o melhor ano da minha vida. Passei muita raiva, conheci pouquíssima gente sincera e interessante e me odiei muito, cheguei a duvidar de mim mesma. É que nem pai e filho. Mesmo brigando o tempo inteiro, quando se separar vai dar saudade. E eu sou muito apegada ao passado. O título desse texto é passado. 2012 é passado. Não é justo. É e não é. 2012 foi meu primeiro amor, e sei que foi amor porque achei muitos defeitos. Posso escrever um livro com o que tirei de bom daqui. Enquanto não escrevo, fica só na carta. Acho que vou imprimir em uma A4 e guardar no meu baú, ou embaixo de algum fundo falso. Mas não importa. A Kombi de mudanças já chegou (o caminhão estava em falta) e nessa transição de anos, não coube tudo de 2012. Tive que fazer uma faxina, e só espero ter escolhido os itens certos, porque talvez não dê tempo de voltar para buscar. Alguém já pode ter roubado de mim.
Agora chega de metáforas.
Saudades (?)
Amanda.

5 comentários:

  1. kkkkk Escrevi o meu texto de "xau 2012" dia 2 tbm.... é um novo ano com mudanças, pois é eu mudei e fiz diferente das outras pessoas e vc tbm... Amei o texto!
    tendencia-variedades.blogspot.com

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  2. "Aprendi que eu sou um grão de poeira. Sou insignificante. Sou um nada. Esse mundo é insignificante, o sol é insignificante, essa galáxia é insignificante. Mas aprendi que gosto de coisas insignificantes e que mesmo sendo um nada, podem ser um nada bem bonito."
    Gostei de ler seu texto, bonito. Sou meio parecida com você. haha Enfim... Vou indo. Beijos.

    eu-cotidiano (perfil)

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  3. Adorei o post! O ano só vai ser novo mesmo quando a gente fizer ele novo... enquanto isso não acontecer, será só mais um dia.

    Tem post novinho no meu blog, pois o Sugar Dance finalmente está de volta ♥

    Beijos e boa quinta!

    Camilla Martins - Sugar Dance (clique no perfil)

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  4. "Aprendi que sou boa para mentir para mim mesma e sou péssima para abandonar pessoas... Sou tão boa mentirosa que passei meses com uma realidade absurda (que meu inconsciente criou pelo meu anseio de que esta fosse verdade)" Tãoo eu kk

    Me encontrei em várias (muitas na verdade) partes do seu texto. Aprendi várias dessas coisas, e prometi a mim mesma que farei muitas outras. Adorei, ótimo 2013.

    lovelyblogcarol.blogspot.com

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